O Passeio Público de Curitiba é um parque com zoológico inaugurado em 1886 no centro da capital paranaense. Reza a lenda que foi um famoso barão com poderes sobrenaturais que deu a idéia de inaugurar esta área de lazer, bem no centro de Curitiba, ao presidente da província do Paraná Alfredo Taunay. Ainda conforme o mito, tal projeto surgiu quando o místico barão visitou o Cemitério de Cães de Paris, tanto que o portão de entrada do Passeio Público é semelhante ao portal deste campo–santo francês. O Passeio Público, também, é repleto de outras lendas, que leremos abaixo:
Fantasma do Barão: Reza a lenda que toda à noite de Lua Cheia surge uma alma vestida de Barão neste parque. Vários vigilantes já relataram esta estória.
O Ladrão de Cobras: No Passeio Público há um museu apelidado de “serpentuário”. Pois nele há vários tipos de cobras, dentro de vidros, para que o povo possa apreciá–las. Há muitos anos atrás corria um boato de que um ladrão de serpentes, que tinha roubado uma cobra de uma bailarina de dança do ventre numa boate do centro, andava pela cidade atrás de serpentes para rituais de magia negra. Mesmo com esta estória rolando a segurança do “serpentuário” não aumentou. Numa sexta–feira, em pleno meio–dia, um homem chegou ao “serpentuário” com um martelo, quebrou o vidro e roubou uma caninana. Então um homem vestido de barão apareceu do nada e gritou:
- Devolva este bicho!
O bandido levou um susto, fazendo com que cortasse um pedaço da mão através de um pedaço de vidro. Mesmo assim ele saiu com a serpente. Na saídas pessoas viram o rapaz com o animal dentro de uma garrafa pet de dois litros. A população alertou a Guarda Municipal que prendeu o marginal em flagrante.
Espírito do Transformista: Durante os anos setenta e oitenta, o Passeio Público ficou com a segurança negligenciada e por isto surgiram no local travestis e garotas de programa. Naquela época havia um transformista que se vestia de cigana e jogava cartas de tarô aos freqüentadores do parque. Um certo dia o corpo desta pessoa foi encontrado morto e boiando em um dos lagos do Passeio Público. Alguns dias se passaram e uma menina chamada Melissa, de cinco anos de idade, foi passear com sua família neste local. Durante as brincadeiras a criança se perdeu dos seus parentes e foi chorar no “playground” do estabelecimento. De repente, uma criatura vestida de cigana aproximou – se da menina e indagou:
- Por que está chorando, pequena?
Melissa respondeu:
- Porque eu estava brincando e, como um raio, minha família sumiu.
A cigana pegou na mão da menina e comentou:
- Não se preocupe... Eu guiarei você até os seus familiares.
Assim a pequena perguntou:
- Você é uma fada?
A criatura respondeu:
- Não sou uma fada, mas sou o espírito de uma pessoa que já leu o destino de muita gente neste parque. Hoje a minha função é cuidar das crianças que se perdem neste imenso Passeio Público.
E a cigana sumiu com a menina no passeio publico. Tempos depois, a família da menina se depara com uma multidão as margens do lago, preocupados (e curiosos) vão olhar o que estava acontecendo, e viram Melissa, boiando, afogada nas aguas verde do Passeio Público.

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